31/08/2012

A minha faceta de forte durante o dia e fraca à noite, está a cair.
O sofrimento é tanto que está a ser difícil de esconder. Gostava de fazê-lo, pelo menos durante o dia. Não gosto de ser fraca e de mostrar o quanto dói lutar por algo sozinha. Não dá comigo simplesmente. Prefiro sempre aguentar tudo sozinha e à minha maneira, choro para mim e sem ninguém por perto, reflicto e adopto a faceta de forte durante as 22h do dia.
O sofrimento que antes controlava agora tornou-se ainda mais doloroso e cada vez, aumenta mais. É difícil de suportar, mas, ainda assim tento ser ainda mais forte que no inicio. Em conjunto com isto, vem a arrogância e a frieza, talvez sejam duas maneiras de me proteger a mim mesma do que possa acontecer a seguir.
Há dias que acordo com o pensamento que hoje vou aguentar mais um dia, mais uma luta e chego à conclusão que é impossível ser-se demasiado forte. Tenho os meus pontos fracos, as minhas inseguranças e os meus medos.
Foram tocados inevitavelmente e agora não sei como os fazer desaparecer.
Chorar não vale de nada, só aumenta mais o meu estado de deprimência e leva a fraqueza ao seu auge. Sou ridícula  literalmente ridícula por não conseguir viver uma vida em que de manhã sou forte e à noite frágil.
Por chorar em vez de lutar ainda mais. Por cansar e desesperar ao invés de agarrar tudo como se fosse a ultima vez. Sou patética e de tão patética que sou, vou deixar que seja o sofrimento a controlar-me e lutar mais uns quantos vinte e sete dias. Afinal é sempre ele que ganha, nesta luta patética e sem sentido. São só mais uns indeterminados vinte e sete dias dolorosos e (in) eficazes.
Mais sofrimento, mais arrogância, mais frieza, mais lágrimas, mais luta, mais eu.

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